domingo, 11 de novembro de 2012

VIVÊNCIA, SABER E CONHECER, DIPLOMA


Parece a mesma coisa, mas não é. É claro que a olhos simplórios eles têm o mesmo valor, mas com um pouquinho (pouco mesmo) de profundidade saberemos que o conhecer se adquire num ambiente acadêmico, por exemplo, com a maior facilidade, padronizando os conhecedores e fazendo-os repetir para sempre conceitos que não são deles, mas de toda uma estrutura. Onde o que menos importa é o questionamento, onde só lhes é imposta a visão do grupo, sem nenhuma possibilidade de raciocínios ousados e inventivos. Pois, para eles, só existe a erudição sacramentada por um pensamento que os impede de pensar por si só. Já o saber brota do nada, apenas do processo respiratório do ser humano, onde o viver é a escola mais importante que faz acumular a verdadeira sabedoria. E aí sim estaremos diante de um homem com possibilidades geniais e artísticas, ele não conhece de fora, ele conhece de dentro. Os seus problemas mais elementares não serão resolvidos lendo uma bula de conhecimento, mas vivenciando e sabendo que a vida prática supera o conhecimento (acadêmico) em todos os sentidos e isso só não é reconhecido porque os acadêmicos de plantão criaram métodos de aferição onde só diploma é válido, em detrimento de um homem que sabendo (vivencialmente) poderá desempenhar-se bem melhor do que um copiador de conhecimentos alheios, onde não lhes cabe o raciocínio original. Com raríssimas exceções, que existem para confirmar a regra.

Claro que escrevi bobagens, mas tive a coragem de tentar transgredir, e só o fato de grandes inventores criarem alguma coisa a mais pelo simples fato de errarem uma fórmula consagrada e descobrir no erro que a sua criação não errou, ela foi além das expectativas acadêmicas.

Tonico Goitacá Pereira (decano da escola da vida, bares, puteiros e congêneres).

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