quinta-feira, 15 de setembro de 2011

INSPIRAÇÃO INFLAMADA

Acho que todos sabem, mas vou repetir: meus escritos analfabéticos surgem de forma espontânea (quase psicografados) quando estou tomado pelos efeitos de um vinho B&B (bom e barato). Mais uma vez, estou impedido de saboreá-los (veja publicação de jan/2011), portanto, tem sido difícil pra mim escrever nestes dias. Então penso comigo mesmo, será que o que me impõe essa abstinência não me inspiraria a escrever, visto que os opostos quase sempre tem a mesma força, só que contrária? Pois é, ponho-me bem acomodado no vaso sanitário e redijo essas linhas, ora olhando, ora não para o espelho em frente, como se me perguntasse: será que no estado em que me encontro sou capaz de produzir pelo menos um pequeno texto com alguma capacidade reflexiva capaz de interessar a alguém? Ou este texto será apenas uma merda a mais produzida por essa abstinência inflamatória?

TonicO.

PAUMOLISMO / EU QUERIA CRER NISSO...

Quando a mulher olha para o teu pau mole e docemente sorri, certamente ela te ama. Cuidado, não tente uma ereção precipitada, aproveite a ternura do momento.

*Eu também tenho um pensamento complementar a este respeito, só que bem menos poético. Guardo para quando eu estiver com raiva da situação paumolística!

Tonico P.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

AOS PRÓXIMOS


Éramos jovens, éramos belos (grande vantagem, tínhamos 20 anos), éramos movidos pela incrível necessidade de mudar o mundo.

Tínhamos a opção de um sexo livre – racionalmente falando -, mesmo que emocionalmente tropeçássemos nos cordões umbilicais de nossas mães.

Tínhamos nossas musas, geralmente à frente de nossas filosofias e de nosso comportamento sexual (obrigado, Imara Reis).

De todas as nossas práticas, a que realmente conseguimos exercer em plenitude, pois só dependia de nós mesmos, foi a solidariedade, sem os limites do mesquinho meu, mas com a abrangência do nosso. Foi sem dúvida nossa vitória mais profunda e duradoura que nos permite hoje ultrapassar os limites de nossa idade, que impõe um sexo mais contemplativo e menos físico.

A semente da solidariedade cresce e cresce com a maturidade e com a experiência que os anos duros que vivemos não conseguiram nos impedir de acumular.

Como legado às gerações que virão deixamos a experiência de muito sexo e muita solidariedade.

Façam bom proveito, são os votos dos novos velhos que, a partir de agora, iniciamos o processo de despedida (que espero muito longa), com o desejo de nunca estarmos completamente ausentes no futuro.

Geração 1960/70.

By Tonico P...

Da série: TONICO PEREIRA – UM ATOR IMPROVÁVEL
UMA AUTOBIOGRAFIA NÃO AUTORIZADA
Pg.417.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

O HOMEM MEDÍOCRE É O ÚNICO COM POSSIBILIDADE REAL DE SER FELIZ!


A maior prova de amor que um homem pode ter é ser amado por sua intrínseca mediocridade. Daria todo meu resto de vida dedicado a mediocridade, se fosse por ela amado, mas não sou, e sofro, sofro inimigo de mim mesmo, por não ser um medíocre. Então, como aferir o amor se ele só existe a partir da minha incrível facilidade (?) de fazer personagens, pela minha incrível possibilidade de pensar e acrescentar pensamentos aos já pensados pensamentos? Quero a mediocridade como meta a ser alcançada e aí sim saber que sou amado, e por ela sou amado apenas por ser medíocre, sem nenhuma benesse das vitórias, apenas pela incapacidade latente que me habitaria. Ah, como sonho em ser medíocre, sem a capacidade de pagar um aluguel, sem a capacidade de pagar o plano de saúde, sem a capacidade de pagar o colégio dos filhos. Será que já fui amado assim? Hoje, venderia minha alma ao diabo (se existe) para alcançar a minha presunção absurda: ser amado por minha singela mediocridade.
TP.