quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

2012

2012 se aproxima, assim como se aproximaram 2011, 2010, 2009... e eu tento me renovar mais uma vez dizendo as mesmas palavras velhas, mas,acreditem, com toda a sinceridade:
FELIZ ANO NOVO!



TONICO PEREIRA.

AMIZADE


A amizade se solidifica cada vez mais na distância do que na proximidade, tenho exemplos variados que constatam isso. E nem é uma ideia original desta minha cabeça confusa, não, já ouvi várias pessoas falarem e se referirem a isso de forma tão poética que o encontro entre dois amigos, após anos sem se verem, acontece com uma intimidade como se juntos morassem sem que nunca tivessem se separado. Esses raros encontros são verdadeiras poesias concretas, com seus toques, beijos, abraços e, fundamentalmente, neste momento, constato o amor maior, e ele se dá na minha casa, na minha sala, quando se encontram Marina (minha mulher) e Denise, e eu, humildemente, me ponho de longe a observar na esperança de que me sobre algum amor desta relação. Alô Denise, alô Marina! Olhem pra mim...
Amém.
T.

COLETIVO, COM RESPEITO AO INDIVÍDUO, BEIRA A PERFEIÇÃO


Desde a vitória do Barcelona e, por conseguinte, a derrota do Santos (a redundância é em homenagem a nossa crônica esportiva), acentuou-se em mim um pensamento que já existia há algum tempo, mas que se solidificou a partir daí. Não entendo como a crônica esportiva acalentava alguma esperança de um resultado outro que não fosse a derrota do Santos. Meu Deus, o resultado não poderia ser diferente! Motivado não pelo o que críticos do pós-jogo tentam nos enfiar goela abaixo, mas por um fato que transcende o futebol e habita muito mais uma sociedade deformada pelo individualismo, em que o que conta para um jovem jogador de futebol é aparecer para as câmeras televisivas, ora em solos deprimentes ora em coreografias ainda piores, com a certeza de que estarão sendo filmados e fotografados, alimentando os seus poderes de mídia e, por conseguinte, de contratos fabulosos. Pois é, isso acontece em qualquer gol de qualquer time no Brasil. Engraçado, não vi nada disso nas comemorações dos vários gols do Barcelona, vi apenas abraços solidários de um time que fez um gol e não de um jogador solo. E olha que este time tem o melhor jogador do mundo no momento, que em hora nenhuma exerce essa qualidade se colocando acima dos colegas. Se abraçam como um corpo só, dormem em quartos iguais. Assim como no teatro não pode haver uma relação hierárquica entre os atores, no futebol isto também deve acontecer e, então, vemos a maturidade coletiva e individual do Barcelona sobrepujar com sobras o canhestro solo dos brasileiros desestruturados por uma sociedade que só prega o lucro e o estrelato, em detrimento de uma ação conjunta e solidária. Afinal, futebol, teatro e vida não existem se todos não derem as mãos e juntos conquistarem...
Tonico...

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011


Eu fui para o TEATRO para amar as meninas,
SERGIO BRITO me ensinou a amar o TEATRO!!!

Salve 2012, com a energia do SERGIO!!!

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

CONTA GOTAS


Escrever ou não escrever? Esta é a pergunta que me imponho todo dia que não escrevo, afinal, sempre que posso escolher, escolho o prazer ao invés da obrigação, e quando faço alguma coisa que vai ao encontro a minha satisfação absoluta ressurge em mim uma fera enjaulada, capaz de atacar com unhas e dentes qualquer imposição que tente me subjugar. Estava até agora, dia 16/12 (após inclusive uma internação pulmonar), sem nenhum assunto que me motivasse erguer uma caneta e ferir o papel com algumas ideias, simplesmente não as tinha, e ao não tê-las estaria sofrendo, profundamente infeliz, se me forçasse, mas eis que hoje, véspera do aniversário de minha mulher, Marina, isto é motivo suficiente para saudá-la com uma crônica, claro que mal escrita, mas movida pela dádiva que ela me oferece em conta gotas todos os dias desses meus anos. Quando falo em conta gotas, não estou acusando-a de sovina ou miserável, apenas atestando que conta gotas é uma medida e que ela tem essa precisão de não exagerar em suas doses de amor diário, o que poderia transformar nossa conviência num estado de guerra constante, não, ao contrário, ela, sábia que é, me serve uma dose sempre comedida de amor, o que me faz querer sempre mais no outro dia. E vamos… ela me dando doses precisas e eu recebendo as daquele dia já pensando no dia seguinte (exagerado que sou) e isto me dá a perspectiva de um amor diário, sem exageros, que posso vislumbrar como um amor pra sempre. Parabéns Marina, e obrigado pelas doses diárias de amor.

Tonico.

PS. Olhem só, não sofri com este assunto.

TROCA DE ENERGIAS

Não tenho muitos prazeres, é difícil pra mim me encontrar numa situação de prazer. Curiosamente tenho alcançado essa situação quando preparo um colega ou mesmo um futuro colega nas idiossincrasias de dizer um texto de forma rica e comunicativa. Os méritos não são meus, são deles. A única coisa que arrisco dizer advém da minha influência de tirar deles mesmos as possibilidades que eles trazem dentro de si, ou seja, a liberdade que todo homem tem de se expressar sem os limites impostos por um mundo que nos cerceia que trava. Não, interpretação é este espaço conquistado dentro de nós mesmos de forma consequente e fluídica que nos leva, sem dúvidas, a apresentar um personagem amigo a quem nos assiste de forma amigável e com isso chora e ri com esse ser tragicômico que é o homem no seu dia a dia. Neste momento estou em casa esperando mais um ser humano para trocarmos nossas energias criativas, para expormos cada vez com mais sabedoria esses nossos amigos chamados personagens. Merda pra nós!

Tonico.

PS. Estava esperando chegar o colega e não resisti em justificar por que gosto tanto desse momento que irá acontecer… Epa! Ele chegou, deixe eu esconder estes papéis...

domingo, 4 de dezembro de 2011

COMEMORAÇÃO OU ABERRAÇÃO?


Quando assisto a uma partida de futebol,
torço pelo 0 x 0.

Explico: muitos insistem que o futebol evoluiu, discordo, acho que o que evoluiu foi o preparo físico dos jogadores, são 22 gladiadores (raras exceções) se atropelando sistematicamente, onde a poesia do futebol foi jogada pra escanteio, mas toda essa visão é só minha, pode ser contestada e provado que estou errado.

Mas quanto a torcer pelo 0 x 0, é que por mais bonito que o gol possa acontecer, o pior vem depois, a comemoração. Esta sim, tenho certeza, não evoluiu. O que a nós é oferecido é um espetáculo ridículo, com coreografias canhestas, e sempre endereçado à câmera de televisão mais próxima. Os jogadores, normalmente, esquecem a força da multidão que os aclama com o elogio suado e, muitas vezes, sacrificado para estar ali ao vivo vendo uma comemoração que não lhes é destinada, mas sim a aparelinhos que os cercam, deformando uma comunicação que ao vivo seria muito melhor e visceral.

Portanto, solicito que as emissoras captem as torcidas no momento glorioso do gol, e os jogadores também, quando comemoram com todos e com a torcida principalmente, sem coreografias sem sentido, ou ataques a lentes de forma imbecil. E que os jogadores se sintam após um gol como um mestre sala saudando a galera, e dividindo com ela a alegria do gol. Então, assim, irei aos estádios não torcendo pelo 0 x 0, mas para que os gols aconteçam e eu esteja junto como participante da euforia poética deste momento.

Tonico.

COMEMORA!!!