Eu sou um homem nato. Nunca fui à escola, mas frequentei a vida com 100% de assiduidade e algum percentual, que não sei quanto, de aproveitamento. Isso bastou para chegar aos meus 63 anos (22/06/11) com o corpo cansado sim, mas com a alma ainda recém nascida e disposta a eternidade (?), será ???
Tonico.
quarta-feira, 22 de junho de 2011
NÓS
Não somos puros, nem impuros.
Somos homens com toda a grandeza e mediocridade que nos habita e move.
Tonico.
Somos homens com toda a grandeza e mediocridade que nos habita e move.
Tonico.
quinta-feira, 16 de junho de 2011
NADA PESSOAL, PESSOAL. SOMOS DEUSES E DIABOS.
Hipocrisia*, não sei se é a palavra certa, talvez um pouco violenta, mas não me vem outra para definir o que acho de atores que visitam determinados ambientes para encontrar formas e maneirismos para compor os seus personagens. Isto, para mim, é apenas um escudo hipócrita, uma defesa para não admitir que o homem que ele é abriga todas as possibilidades dentro dele (o ser humano é capaz de tudo). Por melhor ou pior que sejam as solicitações de um personagem, o homem em si é a matéria-prima que alimenta essas necessidades e qualquer negativa de fornecer esta ou aquela matéria é uma discriminação com o ser humano, uma tentativa de se considerar melhor e superior as inúmeras possibilidades que só o ser humano pleno pode oferecer a ele mesmo. O resto é hipocrisia sim! E ao ator que assim agir e pensar só restará um personagem em toda a sua vida, ou seja, o hipócrita de plantão que existe dentro dele, discriminando as suas/minhas putas, cafetões, ladrões, assassinos, drogados, sapatões e veados, todos coabitantes da sua/minha alma. Essa discriminação é uma prática apenas moralista e não crítica que não deve habitar o homem e, mais ainda, não deve habitar aqueles que se pretendem artistas.
*A palavra deriva do latim hypocrisis e do grego hupokrisis, em ambos significa a representação de um ator, a atuação, o fingimento (no sentido artístico). Essa palavra passou, mais tarde, a designar moralmente pessoas que representam, que fingem comportamentos.
(fonte: wikipédia)
Tonico Pereira. Rato do seu próprio laboratório.
*A palavra deriva do latim hypocrisis e do grego hupokrisis, em ambos significa a representação de um ator, a atuação, o fingimento (no sentido artístico). Essa palavra passou, mais tarde, a designar moralmente pessoas que representam, que fingem comportamentos.
(fonte: wikipédia)
Tonico Pereira. Rato do seu próprio laboratório.
Tonico Pereira diz que chegou a maturidade.. mas também erra muito em sua autocrítica.
quinta-feira, 2 de junho de 2011
A QUEM INTERESSAR POSSA, ESPECIALMENTE AOS CAMPISTAS COMO EU.
Sede de Cabrunco,
Fome de Lamparão.
“...Campos dos
canaviais, folhas
verdes, finas,
estruturais...”
Isto é parte de um verso que escrevi quando saí de Campos dos Goytacazes. Saía chateado, até mesmo com raiva, achando que Campos não tinha me dado a oportunidade de crescer e chegar a algum lugar que eu tinha a insegura certeza de que poderia chegar. Vim pro Rio e tentei tirar Campos da minha cabeça, do meu corpo, da minha alma, e jovem ainda achava que estava conseguindo, desapercebido que todas as vezes que eu necessitava de uma referência cultural para meus trabalhos, no cinema, televisão e teatro, as minhas memórias emotivas e fundamentais eram: Ururau da Lapa, caldo e cana caiana, boi pintadinho, Deixa que eu chuto, Mocidade Louca, Goytacaz, Mercado de Campos, Paraíso Perdido, Chuvisco, Goiabada Casacão e também as curvas do Paraíba da Lapa.
Foi justamente aí que descobri que os cortadores de cana não tinham dinheiro para a pasta ou escova de dentes, mas descascavam cana de açúcar com os dentes e conseguiam o sorriso branco que só não era invejado pela elite, porque pra ela, eles simplesmente não existiam, ou seja: Campos me fomentou uma consciência que me faz seguir pelo mundo, ora cabrunco, ora lamparão, mas sempre Campista.
Tonico Pereira.
Fome de Lamparão.
“...Campos dos
canaviais, folhas
verdes, finas,
estruturais...”
Isto é parte de um verso que escrevi quando saí de Campos dos Goytacazes. Saía chateado, até mesmo com raiva, achando que Campos não tinha me dado a oportunidade de crescer e chegar a algum lugar que eu tinha a insegura certeza de que poderia chegar. Vim pro Rio e tentei tirar Campos da minha cabeça, do meu corpo, da minha alma, e jovem ainda achava que estava conseguindo, desapercebido que todas as vezes que eu necessitava de uma referência cultural para meus trabalhos, no cinema, televisão e teatro, as minhas memórias emotivas e fundamentais eram: Ururau da Lapa, caldo e cana caiana, boi pintadinho, Deixa que eu chuto, Mocidade Louca, Goytacaz, Mercado de Campos, Paraíso Perdido, Chuvisco, Goiabada Casacão e também as curvas do Paraíba da Lapa.
Foi justamente aí que descobri que os cortadores de cana não tinham dinheiro para a pasta ou escova de dentes, mas descascavam cana de açúcar com os dentes e conseguiam o sorriso branco que só não era invejado pela elite, porque pra ela, eles simplesmente não existiam, ou seja: Campos me fomentou uma consciência que me faz seguir pelo mundo, ora cabrunco, ora lamparão, mas sempre Campista.
Tonico Pereira.
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