quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

CONTA GOTAS


Escrever ou não escrever? Esta é a pergunta que me imponho todo dia que não escrevo, afinal, sempre que posso escolher, escolho o prazer ao invés da obrigação, e quando faço alguma coisa que vai ao encontro a minha satisfação absoluta ressurge em mim uma fera enjaulada, capaz de atacar com unhas e dentes qualquer imposição que tente me subjugar. Estava até agora, dia 16/12 (após inclusive uma internação pulmonar), sem nenhum assunto que me motivasse erguer uma caneta e ferir o papel com algumas ideias, simplesmente não as tinha, e ao não tê-las estaria sofrendo, profundamente infeliz, se me forçasse, mas eis que hoje, véspera do aniversário de minha mulher, Marina, isto é motivo suficiente para saudá-la com uma crônica, claro que mal escrita, mas movida pela dádiva que ela me oferece em conta gotas todos os dias desses meus anos. Quando falo em conta gotas, não estou acusando-a de sovina ou miserável, apenas atestando que conta gotas é uma medida e que ela tem essa precisão de não exagerar em suas doses de amor diário, o que poderia transformar nossa conviência num estado de guerra constante, não, ao contrário, ela, sábia que é, me serve uma dose sempre comedida de amor, o que me faz querer sempre mais no outro dia. E vamos… ela me dando doses precisas e eu recebendo as daquele dia já pensando no dia seguinte (exagerado que sou) e isto me dá a perspectiva de um amor diário, sem exageros, que posso vislumbrar como um amor pra sempre. Parabéns Marina, e obrigado pelas doses diárias de amor.

Tonico.

PS. Olhem só, não sofri com este assunto.

Um comentário:

  1. Toniquinho mon poète,
    esta sua declaração de amor em gota não poderia ter sido + precisa... medida exata desse belo amor!
    Feliz Natal, Ótimo 2012, para vc, Marina & tooda família!!
    Bjs,
    Verônica.

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