sexta-feira, 22 de abril de 2011

A BOLHA


Escrever é uma possibilidade real de enganar a solidão, pra mim é, mas nem sempre isto se dá, às vezes não basta, e me ponho a escrever com um sentimento profundo de vazio, bombardeado por situações que me envolvem dentro de uma bolha que não deixa com que eu me relacione com o de fora e, ao mesmo tempo, me pergunto: será que valeria a pena? São roubos, assaltos, crianças chacinadas, hipocrisia, mentiras, dureza, juros, exploração, meu time na terceira divisão. Talvez seja melhor que essa bolha se solidifique em volta de mim, tornando-se aço, intransponível, contanto que me permitam caneta e papel, para que a minha solidão seja em relação ao mundo, mas nunca em relação a mim mesmo.
Tonico.

4 comentários:

  1. Nada de bolha, amigo!
    Mande-nos seus textos!!
    Bises,
    Eliana

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  2. Tonico, amei seu livro!!!
    E acredito que você não esteja sozinho nesse sentimento de "bolha".
    Beijos!
    Maluca do Valle

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  3. quando a bolha vira bola, ela rola e bate no espaço, e parte, e resta a perola de petroleo envolta em cacos de aço.

    Viva os momentos criativos da solidão

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