Parece a mesma coisa, mas não é. É claro que a olhos
simplórios eles têm o mesmo valor, mas com um pouquinho (pouco mesmo) de
profundidade saberemos que o conhecer se adquire num ambiente acadêmico, por
exemplo, com a maior facilidade, padronizando os conhecedores e fazendo-os
repetir para sempre conceitos que não são deles, mas de toda uma estrutura. Onde
o que menos importa é o questionamento, onde só lhes é imposta a visão do grupo,
sem nenhuma possibilidade de raciocínios ousados e inventivos. Pois, para eles,
só existe a erudição sacramentada por um pensamento que os impede de pensar por
si só. Já o saber brota do nada, apenas do processo respiratório do ser humano,
onde o viver é a escola mais importante que faz acumular a verdadeira
sabedoria. E aí sim estaremos diante de um homem com possibilidades geniais e
artísticas, ele não conhece de fora, ele conhece de dentro. Os seus problemas
mais elementares não serão resolvidos lendo uma bula de conhecimento, mas
vivenciando e sabendo que a vida prática supera o conhecimento (acadêmico) em
todos os sentidos e isso só não é reconhecido porque os acadêmicos de plantão
criaram métodos de aferição onde só diploma é válido, em detrimento de um homem
que sabendo (vivencialmente) poderá desempenhar-se bem melhor do que um
copiador de conhecimentos alheios, onde não lhes cabe o raciocínio original.
Com raríssimas exceções, que existem para confirmar a regra.
Claro que escrevi bobagens, mas tive a coragem de tentar
transgredir, e só o fato de grandes inventores criarem alguma coisa a mais pelo
simples fato de errarem uma fórmula consagrada e descobrir no erro que a sua
criação não errou, ela foi além das expectativas acadêmicas.
Tonico Goitacá Pereira (decano da escola da vida, bares,
puteiros e congêneres).
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