Ultimamente tenho observado várias discussões nos jornais, na televisão e até mesmo nos livros, nas quais cientistas políticos, com alto grau de conhecimento acadêmico, enquadram o poder conquistado democraticamente através do seu determinismo sufocante e, ao mesmo tempo, pedante, como se o conhecimento escolar fosse capaz de, com a sua visão a partir da Sorbonne, entender, na mais crua prática, o homem que governa, a partir do ponto de vista do estômago faminto do brasileiro.
Não há possibilidade. São linhas paralelas, não se encontram jamais, apenas seguem em frente como paralelas que são. A solução ou junção destas linhas só se dará quando estes acadêmicos entenderem que sabem muito, mas não tudo e se abrirem humildemente para ouvir e, por conseguinte, aprender, que a verdade não se dá apenas no sabido, já conquistado e transformado em casa mata como proteção do seu estado enganoso e cruel de poder. Seria necessário, com o coração aberto e puro das crianças saudáveis, procurar ver que o trabalhador, com a sua vivência operária, também pensa. Muitas vezes pragmaticamente, afinal a fome para ele não é um sofisma universitário, mas uma verdade que dói no estômago e mata seus filhos no dia a dia impiedoso onde estes intelectuais só tem acesso através de estatísticas frias, sem a emoção ruminada pelo estômago vazio.
Senhores acadêmicos, a maioria do povo brasileiro, inteligentemente, já entendeu isso e votou conforme o seu entendimento. Espero que os senhores refundem as suas escolas levando em conta que num livro se perpetuam pontos de vista não, obrigatoriamente, imutáveis e aceitem que o povo é capaz.
A partir disso, proponho um teste final de inteligência: que cada um dos senhores troque de papel com um assalariado mínimo qualquer. Tenho certeza que o trabalhador sobreviverá com sobras, enquanto que os senhores, com quinhentos e quarenta reais, morrerão de inanição junto com seus familiares, pois lhes faltará inteligência para administrar e viver com tão parcos recursos.
Não há possibilidade. São linhas paralelas, não se encontram jamais, apenas seguem em frente como paralelas que são. A solução ou junção destas linhas só se dará quando estes acadêmicos entenderem que sabem muito, mas não tudo e se abrirem humildemente para ouvir e, por conseguinte, aprender, que a verdade não se dá apenas no sabido, já conquistado e transformado em casa mata como proteção do seu estado enganoso e cruel de poder. Seria necessário, com o coração aberto e puro das crianças saudáveis, procurar ver que o trabalhador, com a sua vivência operária, também pensa. Muitas vezes pragmaticamente, afinal a fome para ele não é um sofisma universitário, mas uma verdade que dói no estômago e mata seus filhos no dia a dia impiedoso onde estes intelectuais só tem acesso através de estatísticas frias, sem a emoção ruminada pelo estômago vazio.
Senhores acadêmicos, a maioria do povo brasileiro, inteligentemente, já entendeu isso e votou conforme o seu entendimento. Espero que os senhores refundem as suas escolas levando em conta que num livro se perpetuam pontos de vista não, obrigatoriamente, imutáveis e aceitem que o povo é capaz.
A partir disso, proponho um teste final de inteligência: que cada um dos senhores troque de papel com um assalariado mínimo qualquer. Tenho certeza que o trabalhador sobreviverá com sobras, enquanto que os senhores, com quinhentos e quarenta reais, morrerão de inanição junto com seus familiares, pois lhes faltará inteligência para administrar e viver com tão parcos recursos.
Tonico.
Marco Albuquerque Bertoloto
ResponderExcluirRidiculamente, nasceu torto,
Esquálido deu o arroto
Que seria prolongado
Por toda a sua vida
Se fez doutor acadêmico
Brilhou nas mais brancas paredes
Das mais nobres universidades
Da França, Inglaterra, Portugal
Foi juiz, deputado, ministro
Teve cinco filhos, três netos,
E dois milhões de dólares
Com 76 anos se tornou imortal
Ao receber o nobel quase chorou
Rubro, bambeou, seco, falou
O mais belo discurso de todos
A mais brilhante fala emotiva
No dia anterior ao suicídio,
Sentou no belo jardim europeu
Sentiu pela última vez o cheiro
Da dama da noite, e chorou
Se lembrou da infância, do futebol
De tudo que não era, sentiu saudades
De tudo o que não falava
Quando arrotava apenas coca-cola
E continuam esperneando, inconformados com a perda do monopólio da sabedoria, que imaginavam protegida em seus castelos de preconceito (Ronaldo Florentino)
ResponderExcluir