quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
AOS MEUS PAIS
Eu sou uma farsa, apesar do meu discurso positivo, das minhas conquistas (duvidosas), das minhas intenções (nunca realizadas) serem as melhores diante do mundo. Aos 62 anos eu falho sistematicamente por não compreender de forma plena o vôo simples de um passarinho, que vive a vida com a leveza do beija-flor. Levado pelas minhas mesquinhas ambições fui me enganando e a todos com um discurso pretensamente filosófico, que me cegava a ponto de não ver que esse beija-flor voava em torno da minha cabeça todos os dias da minha vida e, sem dizer nada, sem pretensão de ensinar, apenas voando, voando, me dava a oportunidade, que ignorei insensivelmente durante anos, de descobrir que voar docemente, sem determinismos autoritários em volta da cabeça de um filho, é o melhor que um pai pode fazer. Obrigado beija-flor por jamais pousar na minha cabeça, o que seria na sua sábia maneira de ver a vida um desrespeito, mas apenas sobrevoar em volta dizendo: eu estou aqui meu filho.
Obrigado Hernandes Gama Pereira
Obrigado Papai
Antonio Carlos de Souza Pereira
Tonico Pereira
MARIA JOSÉ DE SOUZA PEREIRA
Quanto à mamãe, meu muito obrigado pela minha existência literal, quando optou por minha vida em detrimento da dela no meu parto, por sorte, sobrevivemos juntos e ela pode exercer o papel de mãe com a força das fêmeas que defendem com a vida os seus rebentos. Obrigado por seu colo e leite, obrigado por sua escolha, espero fazê-la digna de você.
Tonico.
Feliz Natal.
Filhos e Netos
Pai/Avô: Tonico.
Hipóteses X Verdades
Beijos
Tonico Pereira.
domingo, 5 de dezembro de 2010
Lançamento!
Cuidado! Hipocrisia mata.
Como sair de casa para trabalhar, para manter a casa que me cabe manter, se a rua me é hostil? Como deixar meus filhos irem ao colégio se, entre a casa e o colégio, existe uma rua ameaçadora onde carros de classe media são incendiados sem piedade? Como culpar unicamente os incendiários, se somos todos culpados?
Sou literalmente contra a pena de morte mas, não resisto a idéia de vingança se algum mal acontecer a um dos meus filhos. Nesta hora me sinto triste por ser responsável pela paternidade de tantos filhos jogados neste perigo que é viver numa cidade que se fantasia, carnavalescamente, de democrática mas que vive a realidade da discriminação, dos guetos incrustados na sua geografia montanhosa.
Sejamos sinceros, classe média, sem sofismas, estamos numa guerra que, a longo prazo, não será vencida pelas investidas policiais nem UPPs mas sim, se abandonarmos a hipocrisia e, com atitudes firmes, exigirmos a legalização das drogas em detrimento da morte, do roubo, da marginalização, da degradação moral.
Dessa forma usaremos todos o livre-arbítrio para fazer o que quisermos em relação às drogas - este ícone de tempos, não apenas modernos.
Assim como o sexo e o rock and roll já encontraram os seus caminhos na sociedade, acredito que só a partir da legalização e do apoio ao usuário de drogas, com tratamentos e trabalhos preventivos mantidos de forma auto-sustentável (para usar uma palavra da moda), através de impostos e sem prejuízo para a sociedade, estaremos livres da barbárie, da corrupção e da hipocrisia.
Classe média, a igreja já admite a camisinha. Só nos resta aceitar, verdadeiramente, o ser humano com suas idiossincrasias. Apenas deixar que todos convivam em paz, cada um com sua consciência que é o princípio maior da felicidade.
Ao Estado, deixando de lado performances políticas e ineficientes, apenas caberá administrar, orientar e assistir aos usuários. Quanto ao nosso prejuízo, classe média, será menor tanto emocionalmente e, olha aí o que mais nos comove, financeiramente também. Eu garanto.
Pela legalização.
Tonico Pereira
Recordações Qualificadas
Intuição
Genialidade: Acidente
Religioso Cético
Interpretação (mais uma)
Alô empregadores, isso me acontece muito.
Obrigado e até a próxima,
T.
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
T...
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Diaristas do Amor
Como não trepo sem amor, as amo neste breve e remunerado tempo, com todas as forças do meu coração.
Tonico, o pleno
Edipianamente (fase louca)
As outras, e foram muitas, me selecionaram por algum motivo, às vezes até como uma ação em baixa que poderia, eventualmente, subir; às vezes como um reprodutor eficiente, feio mas gostoso, que as pudesse emprenhar com a qualidade da inteligência, talento e prazer.
E eu meu deixei usar naquilo que mais gosto, ou seja, sexo, sexo, sexo e nele me perco e me considero pleno pela possibilidade que Deus me deu de ter uma moeda tão cativante e valorizada chamada Amor!
Tonico
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
A QUEM INTERESSAR POSSA
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
ÓVULO CARENTE
Um dia precisei viver e parti em desabalada carreira em busca de um óvulo tão carente quanto, que me aceitasse nu, sem dinheiro, títulos ou talentos, que apenas me abraçasse e me oferecesse um copo d’água com açúcar para acalmar a sofreguidão de um fundista desesperado.
De lá pra cá venho descobrindo que meus únicos momentos de paz foram aqueles da corrida, pois, desde a chegada/fecundação, venho perdendo a velocidade a cada dia e o óvulo que me abraçou em meio a prazer e felicidade pela chegada vitoriosa, hoje se diverte com o digital/touch/computador, enquanto eu vou morrendo manual e artesanalmente, sem entender nada, porém achando que a vista da Lagoa Rodrigo de Freitas é linda.
Edipianamente,
Tonico
NA VIDA
Duas coisas sempre me excitaram, os vinhos e as mulheres. Como os primeiros estão cada vez mais próximos e as mulheres cada vez mais distante faço destas duas estimulantes situações, motivo para, às 00:00 hora do dia 4 de novembro de 2010 levantar-me da cama, sem mulher, mas fielmente acompanhado pelo vinho para, na sala, começar a escrever sobre minhas culpas diárias, na esperança que elas se transformem um dia em alforria e que eu próprio aceite as minhas desculpas pelos meus pensamentos e atos selvagens que deseducam meus filhos.
Tenho esperança de que, quando eu não mais cometer tais atos e pensamentos, meus filhos leiam estas linhas traçadas não pela perfeição e batuta da gramática, mas sim, pelos acordes desafinados de um coração culpado e entendam que eles, a exemplo de mim mesmo, não tiveram um pai, mas um ser humano cheio de erros e acertos e que não sabe como agir de forma sapiente diante, por exemplo, de uma curiosidade sexual e primária de um filho.
T.
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Um certo dia
1a taça de vinho:
Ultimamente tenho observado, o ser humano é meu parente.
2a taça de vinho:
A internet é uma calcinha sem cheiro.
3a taça de vinho:
Ah ignorância, doce refúgio do ser humano.
Por hoje é só.
Zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz!
Um certo dia
1a taça de vinho:
Meu ator é de esquerda, cotidianamente trabalhador. Meu artista é ambidestro, cotidianamente sonhador.
2a taça de vinho:
Não me proponha a excelência, eu só ando porque conheço minhas limitações.
3a taça de vinho:
Interpretação e reflexões filosóficas sobre a mesma é o ar que eu respiro. Sem isso eu me sufocaria.
Por hoje é só.
Zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz!
Um certo dia
Depois de uma garrafa de vinho:
Interpretar é fácil, interpretar bem é dificílimo.
Por hoje é só.
Zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz!
Tonico Pereira
Rio, 22 de outubro de 2010.
A verdadeira religião do Serra
Espírita, vidente e sensitivo, capaz de ser tocado pelo espírito de uma fita banana munida de hectoplasma suficiente para se materializar e levá-lo a nocaute, fazendo com que furasse a fila, composta por milhões de brasileiros necessitados, pra fazer uma tomografia computadorizada que não detectou nada nem externa (visto por todos), nem internamente. Ou seja, a tomografia não mostra a fita, mas mostra o banana.
Falta uma assessoria eficiente que lhe diga: - Serra, pegue a fita de mil utilidades e guarde-a no bolso pois, em sua vida, em algum momento, você vai precisar, principalmente se chegar à presidência, mas não faça com ela uma bananada.
Psiu! Espera! Silêncio, gente! Acaba de dar no rádio que a Dilma aceitou o desafio e se dispôs a ser atingida por cinco fitas banana na região da cabeça. E promete sair ilesa, ou seja, a eleição agora será decidida pela capacidade que cada candidato tem de levar fita banana e resistir a elas.
Conclusão: por enquanto, Serra ainda não está bem na fita. Como pode um candidato à presidente ser nocauteado por uma fita banana em pleno Rio de Janeiro, capital do humor, e não querer virar piada.
Faltou assessoria, ou faltou candidato mesmo.
Tonico Pereira
Rio, 22 de outubro de 2010.
Todos pela vida
Neste Segundo turno temos, na verdade, não só dois candidatos, mas três. A saber: Dilma, Serra e a Hipocrisia. Cabe aos dois primeiros cometerem um discurso baseado na verdade e, porque não dizer, laico, para que o terceiro – que não é afim da verdade - venha a sucumbir ao mais verdadeiro dos dois, tornando o povo brasileiro, a quem cabe identificar o que é melhor para ele, vitorioso e identificado após este Segundo turno.
Esta é a missão dos dois candidatos.
Após esta introdução não muito esclarecedora vamos, agora, tentar ser mais objetivos, senhores candidatos. Temos mais ou menos a mesma vivência política e a mesma faixa estária. É verdade que não conheço ser humano equilibrado que não seja a favor da vida e, ainda, que pretenda legislar sobre uma causa de foro pessoal e indivisível, determinando que, algum outro ser humano não tenha direito ao sagrado livre arbítrio. Isto se refere tão somente aos equilibrados, mas reconhecemos que existem desequilibrados e temos que respeitá-los também.
O que cabe aos candidatos é não flertar com votos que nos impõe o preconceito, afinal qualquer poder no Brasil não é emanado pelo branco, pelo preto, pleo católico, pelo protestante, pelo evangélico, pelas religiões afro, pelo ateu mas sim, por uma entidade maior chamada brasileiros. Brasileiros estes que carecem de políticas públicas que os atendam, nas clínicas toxicológicas, por exemplo. Não estou apoiando aqui o uso de drogas mas, gostaria de vê-la legalizada, alidada a campanhas esclarecedoras sobre a sua ação e tratamento. Cabe ao indivíduo na sua redundante individualidade saber se quer consumir cocaína, álcool ou fazer um aborto.
A única coisa que podemos chamar de, verdadeiramente, nossa é este latifúndio chamado corpo, administrado por nossas opções, contando apenas com o limite de não podermos invadir outro latifúndio/corpo, sem sermos convidados. Portanto, Senhora Dilma e Senhor Serra, façam um discurso vigoroso no sentido de criar políticas públicas que atendam o cidadão na sua necessidade suprema de felicidade, incluindo todos os brasileiros, sem se importar com suas opiniões pessoais sobre tema algum, apenas atendendo a quem precisa de apoio regular em alguma disfunção orgânica, psíquica ou social. Este é o verdadeiro estado laico, soberano, ao lado do homem, forte e frágil criatura, necessitada apenas da verdade para sobreviver dignamente e, quando encontramos alguém que duvide disso, apenas exigimos respeito por nossa respiração e opinião mesmo que contraditória a deles.
Sr. e Sra. Presidenciáveis, não comprometam ou vendam suas opiniões em troca de votos oriundos do obscurantismo só para ganhar uma eleição. É melhor para qualquer um dos senhores – e para o nosso imenso Brasil – perder com a verdade ao seu lado, de forma íntegra, a ganhar com a hipocrisia, quando seremos, sem exceção, todos derrotados.
Tonico Pereira
Rio de Janeiro, 9 de outubro de 2010
terça-feira, 14 de setembro de 2010
Vamos Jogar
Os resultados artísticos de excelência obtidos por um povo são intrinsecamente arquitetados e construídos pela cultura desse povo. Negar isso, me parece, um ato de suicídio. Entendo o futebol, assim como a música, o cinema, o teatro, as artes plásticas e a dança como manifestações artísticas baseadas na nossa cultura semeada e regada pelo suor do nosso povo.
Bem, o que me incomoda, eu já devia ter dito, é que um povo que trai a sua cultura é um vendilhão insensível, que negocia o seu próprio futuro, muitas vezes, em troca do nada, outras vezes, de algumas latas de cerveja. No futebol, perder jogando com nossas características é sempre triste, mas não é a morte, e será sempre uma derrota respeitada pela nossa enorme legião de técnicos/torcedores, é claro que ganhando estaríamos mais felizes. Ganhar e perder é um privilégio do ser humano, onde ele se faz processualmente maduro para se aproximar do Deus/homem que ele verdadeiramente é.
Reflexões chatas à parte, perder no futebol significa ver a bola/menina, que passa saltitante a nossa frente e que invariavelmente dá as mesmas chances a qualquer peladeiro de seduzí-la com sucesso, tomar a sua decisão, depois de algum tempo de jogo, e se oferecer aos pés do adversário doce e amante, fugindo dos desentendimentos que lhe foram impostos pelo time renegado. À nós perdedores nos restará o caminho de volta em direção ao nosso núcleo cultural sem o estigma da impossibilidade, pois nossa mãe cultura nos abraçará como filhos, que tentaram o melhor, e nos ensinará à sermos mais faceiros, delicados, carinhosos e inteligentes no trato com essa menina/bola volúvel, e então, como aperfeiçoados bailarinos saberemos levá-la aonde quisermos para prazer de todos, inclusive de outras culturas.
João Saldanha, um dia, convocou uma seleção (faz algum tempo) escalando já na convocação as onze feras titulares e as onze feras reservas. Aos incautos de hoje, pode parecer, que ele escalou feras como perseguidores do time adversário, levando-os ao chão e os comendo literalmente até os ossos, como nos tempos do Coliseu Romano. Não, modernos incautos, pensadores e praticantes do futebol aculturado de agora (que ainda poderemos resgatar) eram considerados feras os melhores jogadores da nossa tribo, e como se dizia “comiam sim, a bola”, transformando-a de menina saltitante em mulher amante e apreciadora da delicadeza de nossas feras, apenas denominadas assim pelo virtuosismo que exerciam nas relações com ela.
Hoje, chamam nossos jogadores de guerreiros e dão à eles todo comportamental e pensamento bélico de um pelotão, que não pode perder como se a mãe tivesse sido capturada pelo time inimigo. Gente, é apenas a bola momentaneamente nos pés do outro time. E então, como providência, gritaria o nosso novo e sensível técnico: “Carinho, carinho, Neymar! Faceirice, Ganso! Toca pro Pato, vocês são da mesma tribo! A nossa tribo, que aprendeu desde criança a ter a bola como companheira, até na hora de dormir. Ramires, mestre-sala, Ramires, vamos no rítimo. Robinho, tire a cerveja da cabeça, rapaz. E tire a bola pra dançar.” Ganharíamos noventa e nove porcento dos jogos. A escalação das feras era quase uma unanimidade. A exceção ficava por conta do general de plantão na época, que queria que um tal simpático jogador estivesse nesse ninho de cobras.
No mais, vamos de Mano! Que ele saiba extrair da mãe cultura brasileira esses rebentos, que normalmente ela nos oferece para adoção. Ela sabe fazer jogador como ninguém. Mano, ouça o povo, ele indicará onde colhê-los.
Gritos de guerra e pontapés excusos não são filhos dessa mesma cultura, que cria sem descanso relações belíssimas entre homens e bolas.
Salve Garrincha!
Tonico Pereira
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Obsessor
Pretenso conselho de um pretencioso convicto
sábado, 17 de julho de 2010
Fim!
Homem
Quero amar e ser amado pela cor vermelha, essencial e única do nosso sangue, pois a pele é apenas a etiquetagem menor de um produto pleno: nós, o homem.
Êpa! No meu não
Mas toda essa reflexão pretensamente filosófica só me veio ao pensamento por ser demasiado estranho e duvidoso alguém convidar alguém para entrar no seu orkut, blog ou site. Me soa estranho, pervertido e estranho. Portanto, posso até ter blogues, saites e orkutes, mas não visitáveis, seja com entrada franca ou mesmo paga. Vocês jamais ouvirão da minha boca o convite: Entre no meu Orkut. Ele é apenas meu e nele cabe somente as minhas mais puras reflexões.
Reflexões de um analfabeto indignado ou Faltou Didi no Kaká
Observação que não quer calar:
Ass.: Brasil
OBS.: Escrito por Tonico Pereira.
Incautos leitores
Tim Tim!
Tonico – na esperança que isso me dê algum dinheiro…
(texto corrigido e digitado por Leandro Soares, sem vínculos empregatícios e em troca de uma taça de vinho BB)